À caça do vírus da gripe assassina

Durante a primeira Guerra Mundial surgiu uma epidemia de influenza, muitos soldados morreram, e nas autópsias seus pulmões estavam cheios de fluidos ou sangue. A epidemia desapareceu tão rapidamente quanto surgiu, e nenhum interesse de estudo surgiu sobre essa letal epidemia, até a década de 1930 não se sabia que a doença era virótica . Mas devido a contínua evolução das viroses de influenza, novas pandemias atacaram as populações humanas duas vezes depois de 1918 - em 1957 e em 1968. Acredita-se que um terço da população mundial tenha sido infectada e a mortalidade 50 vezes maior que em outras epidemias de influenza. Não se sabiam ao certo o que se tratava então deram o nome de “Gripe Espanhola”, devido a Espanha ter divulgado noticias sobre a doença, enquanto países que combatiam a guerra não se manifestaram em relação a doença. Surpreendente é que a maioria das mortes ocorreram entre pessoas de 15 a 35 anos, um grupo que dificilmente morre de influenza e 99% das vítimas acima da média anual de 1918 - 1919 tinham menos de 65 anos. Em 1951, um grupo de cientistas resolveram ir a procura da cepa de 1918, esse estudo de início examinou 78 amostras de tecidos de vítimas que rapidamente morreram. Depois de muitos resultados negativos, encontraram uma amostra positiva de influenza em 1996. Existem três principais formas de gripe, A, B e C, as duas últimas infectam só humanos e não causam pandemias. O tipo A, foram encontradas em aves domésticas, suínos, cavalos e outros mamíferos. O ciclo de vida e a estrutura do genoma do vírus da influenza A permitem-lhe evoluir e trocar de genes facilmente, sendo assim, mutações são comuns. Mas a questão é: onde se originou as cepas virais? Os genes do vírus de 1918 tem características adaptas as aves, então provavelmente surgiu dessa fonte alguns anos antes de 1918. Concluído que ou o gene HA de 1918 passou algum tempo em um hospedeiro intermediário (ex.:porco) onde acumulou