Gripe

405 palavras 2 páginas
A caça do vírus da gripe assassina.

A grande epidemia de Gripe Espanhola, que assolou o planeta em 1918, matou quase tanta gente quanto a AIDS (que matou 22 milhões de pessoas nas últimas duas décadas) ou a Peste Negra (que arrasou a Europa entre 1347 e 1351 levando 25 milhões de pessoas) em muito menos tempo. Foram 20 milhões de cadáveres em apenas um ano! A epidemia, causada por uma variedade do vírus Influenza, o mesmo da gripe comum, gerou pânico e rendeu manchetes de jornais no mundo todo, ofuscando de longe os danos causados pela Primeira Guerra Mundial, que terminou naquele mesmo ano deixando um saldo de Oito milhões de mortos. Nunca, antes ou depois, uma doença matou tanta gente em tão pouco tempo.
O surto famoso teve início em março daquele ano num campo militar do Kansas, Estados Unidos. (A doença ganhou o apelido de “espanhola” porque foi naquele país ibérico que ela se espalhou mais rápido. Em pouco tempo, 700 000 americanos estavam mortos. Em maio, já havia 8 milhões de pessoas contaminadas em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Os sintomas eram os de uma gripe comum, mas em poucas horas os doentes tinham hemorragia, diarréia e febre alta. A infecção das vias respiratórias criava condições para que outras doenças surgissem, o que apressava a morte
O surgimento da doença
Ela teria sido causada por uma fusão total dos genes do vírus da gripe suína com os do vírus da gripe humana. Os DNAs se romperam e os genes dos dois se misturaram completamente. Nesse tipo de combinação, os genomas se quebram e forma-se um terceiro organismo, totalmente misto, sem pedaços identificáveis de nenhum dos vírus que lhe deram origem, capaz de contaminar humanos e resistente ao nosso sistema imunológico.
Depois de 1918, gripes assassinas apareceram em 1957, 1968 e 1997. Felizmente, em nenhuma dessas ocasiões o vírus era tão perigoso e se espalhava tão rápido quanto o do começo do século XX. O último surto aconteceu em Hong Kong e ficou conhecido como a Gripe do Frango

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