Òptimos trabalhos
Luiz C. Martino*
Antes de entrarmos nos problemas relativos à definição da comunicação é importante destacar que não se trata de achar a verdade ou eleger um único sentido em detrimento dos vários usos do termo. Afinal não temos nenhuma razão para negar outras tantas acepções válidas. Ao tentarmos definir um uso para o termo comunicação, o que está em questão é nos colocarmos de acordo sobre o que falamos, e que por conseguinte nos interessa estudar. Trata-se então de falar de uma mesma coisa e não de se estabelecer a verdade derradeira sobre o que é comunicação. Neste sentido, estando de acordo com este ponto inicial, coloquemos a questão: O que é comunicação? Eis aí uma pergunta embaraçosa. E por muitas razões. Primeiramente porque não se pode ignorar ou reivindicar o desconhecimento do que vem a ser a comunicação sem deixar de comprometer a coerência de nossa inserção como profissionais ou pesquisadores do campo da comunicação. Afinal, se não sabemos o que é comunicação, o que fazemos então? Admitir um tal desconhecimento seria embaraçoso também no que se refere à finalidade às quais nos propomos enquanto escritor e leitor, mestre e aluno. Como não saber o
* Professor da UNB.
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que é comunicação, se é através dela, pelo seu exercício, que se desenvolve atividades como o ensino ou o confronto de idéias. O que nos coloca em uma situação delicada, já que é somente através da comunicação, e com a finalidade de transmitir e submetê-la a outros, que se apresenta aqui para nós a tarefa de definir a comunicação. De outra parte, a resposta que espontaneamente vem a nosso espírito é aüitiiacão de diálogo, onde duas pessoas (emissor-receptor) conversam, isto é, trocam idéias, informações ou mensagens. É isto que, sem dúvida, mais prontamente entendemos como comunicação. Entretanto, se solicitado, estaríamos prontos a admitir que o fenômeno não se restringe exclusivamente ao