ética e violencia
A história das idéias éticas desde a antigüidade clássica greco-romana até nossos dias está relacionada com o problema da violência e dos meios para evitá-la ou controlá-la. Os padrões de condutas e os conjuntos de valores éticos e as relações intersubjetivas e entre pessoas foram instituídos pôr diferentes formações culturais e sociais. Certos aspectos da violência também são percebidos nas várias culturas e sociedades que servem de base para os valores éticos se erguer.
A ética pode ser considerada o estudo e a analise dos conceitos envolvidos no raciocínio prático como o bem, a ação correta o dever, a obrigação, as virtudes, a liberdade, mas no geral, é tida como a ciência da conduta, o fim orientador da conduta que visa o seu direcionamento e disciplina.
Embora ´´ ta ethé`` e ´´mores`` signifiquem o mesmo, ou seja, costumes e modos de agir de uma sociedade, entretanto, no singular ´´ethos`` é o caráter ou temperamento individual que deve ser educado para os valores e das condutas humanas, indagando sobre seu sentido, sua origem, seus fundamentos e finalidades. Sob essa perspectiva geral, a ética procura definir, antes de mais nada, a figura do agente ético e de suas ações e o conjunto de noções ( ou valores) que balizam o campo de uma ação que se considera ética.
O agente ético é pensado como sujeito ético, isto é, como um ser racional e consciente que sabe o que faz, como um ser livre que decide e escolhe o que faz e como um ser responsável que responde pelo que faz. A ação ética é balizada pelas idéias de bem e mal, justo e injusto, virtude e vício. Assim, uma ação só será ética se for consciente, livre e responsável e será virtuosa se realizada em conformidade com o bem e o justo. A ação ética só é virtuosa se for livre e só será se for autônoma, isto é, se resultar de uma decisão interior do próprio agente e não de uma pressão externa. Evidentemente, isso leva a perceber que há um conflito entre a autonomia da vontade do agente