ética e relações de genero
Gênero e sexo
O autor inicia o capítulo com um célebre enunciado que marcou e chocou a sociedade patriarcal da época, “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”. A partir desse dito, abre a discussão acerca da opressão sofrida pelas mulheres por milhares de anos e oferece exemplos que comprovam a dominação de um sexo sobre outro.
A opressão dos homens sobre as mulheres é biologicamente legitimada pela ciência, uma vez que a mesma coloca o masculino como o gênero superior. Neste sentido, a cultura torna-se instrumento fundamental na manutenção da sociedade patriarcal, pois é através da mesma que a identidade sexual, sexualidade e a relação entre os sexos são construídas socialmente.
Patriarcalismo nas sociedades antigas
O sistema patriarcal nas sociedades antigas se dava através do domínio total do corpo e vida da mulher, fosse ela de família abastada ou escrava. Porém, as opressões eram sofridas de formas diferentes de acordo com a posição social da mulher.
As mulheres pertencentes às camadas dominantes dessa sociedade tinham o dever de fiscalizar o trabalho doméstico realizado pelas escravas e servas pertencentes a sua família, enquanto as realizadoras dessas tarefas sofriam as duras jornadas de trabalho doméstico e violência sexual praticadas por seus donos.
O conhecido e mitificado “sexo frágil”, era visto nas sociedades antigas como ser não pensante, sendo assim, era impossibilitada de exercer autonomia sobre si mesma.
As sociedades modernas
A situação da mulher na sociedade moderna, avançou significativamente durante a transição dos meios de produção da família patriarcal aos donos das fábricas. Contudo, esses avanços foram resultados das transformações econômicas e políticas da época, e não através da conscientização e preocupação dos homens com a situação da mulher.
O movimento feminista iniciado no final do século XIX, apesar de conquistar direitos civis importantes para a época e para as mulheres, não extinguiu