Ética e Psicologia
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Psicologia
Disciplina: Ética Profissional
Aluno: Rafael Ferreira
1° EXERCÍCIO DE ÉTICA PROFISSIONAL
Recife, 27 de abril de 2010
1. A questão da Linguagem: O embate entre realistas e pragmáticos. O embate entre realistas e pragmáticos, referente à questão da Linguagem, gira em torno da seguinte questão: a verdade do mundo é descoberta ou produzida por meio da linguagem? De acordo com o ponto de vista realista a linguagem seria um meio de representação do mundo e de expressão do eu. O eu e a realidade do mundo seriam dotados de uma natureza intrínseca e caberia ao homem descobrir a linguagem, o vocabulário, que melhor descrevesse esta essência. A verdade do eu e do mundo seria então uma questão de descoberta, e a linguagem seu meio de expressão. Esta afirmativa, automaticamente, remete à seguinte questão: a linguagem que usamos atualmente é a linguagem “certa”, a mais adequada para exercer sua tarefa de expressar apropriadamente a natureza humana e representar a estrutura da realidade não humana? Esta é a eterna inquietação dos realistas. Do lado oposto do embate encontram-se os pragmáticos que não consideram a verdade como presente no mundo e descoberta pelo homem, mas que essa verdade está contida na própria linguagem. Eles não vêem a linguagem como meio de representação do mundo nem de expressão do eu. Desconsideram a idéia de que o eu e o mundo possuam naturezas intrínsecas, que estão disponíveis, dadas, à espera de serem descobertas. Não há sentido algum que as descrições feitas sobre o eu e o mundo sejam uma representação exata de como o são de fato, pois desconsideram essa idéia de representação. Rorty faz uma distinção entre a afirmação de o mundo estar dado e a de a verdade estar dada. O fato de o mundo existir significa que a maioria das coisas no espaço e no tempo são efeito de causas que não incluem os estados mentais