Ética e psicologia
A ética é descrita como a “ciência do ethos” e está ligada ao comportamento humano. A palavra grega ethos, na pluralidade de seus conceitos, pode também significar o conjunto de hábitos ou costumes fundamentais de sociedades distintas. Conforme nos ensina Lima Vaz (apud Lino 2007) “A ética parte da hipótese de uma racionalidade persistente ao ethos e sua tarefa como disciplina filosófica engloba essencialmente em explicitar as razões do ethos ou em elucidar a inflexibilidade da prática ética em suas diversas dimensões e estados”. Para muitos autores Aristóteles foi o primeiro a desenvolver o pensamento sobre a ética . Tal pensamento teria surgido sobre uma reflexão acerca da diferença entre conhecimento teórico e conhecimento prático e no entendimento de que o saber relacionado às coisas humanas não seria capaz de demonstração teórica conforme acontece na matemática e na física e que depender das ações humanas às leis tão precisas quanto às da ciência seria impossível. Na concepção aristotélica “ boa ação é aquela própria do indivíduo que possui virtude e deriva de um discernimento acerca das opções práticas, no qual entram muitos fatores, entre os quais, a disposição inata, a educação e a experiência ”.(VELASQUEZ, et.al 1987) No início da modernidade, século XVII, Descartes sugeriu uma reforma profunda do conhecimento humano, onde a ciência deveria basear-se em princípios metafísicos e que todos os conhecimentos restantes seriam deduzidos com ordem e rigor, uma ordem racional mecanicista sem a intervenção dos sentidos a razão era realizada no campo das idéias sendo a única responsável pela verificação da verdade e capaz de conhecer a realidade. Segundo Lino (2007) o pensamento cartesiano foi rejeitado por Kant que influenciado por Hume, empirista cético, foi levado a adotar uma postura crítica perante a relação entre o conhecimento e realidade confirmada pelo racionalismo, tendo por conta disso criticado a