Ética e deontologia
Com o crescimento do mercado do tunning, a direcção decidiu dirigir alguns recursos para esta área, apostando no fabrico de peças em materiais compósitos. Foi contratado o Mário, um técnico com habilitações e experiência assim como bons conhecimentos em mecânica e reparação de chapa, que desde cedo demonstrou ter muitas ideias e vontade de trabalhar. Também desde cedo isso foi um problema para o José, que começou a sentir a ameaça de ter um colega com mais e melhores ideias, iniciando uma “cruzada” para denegrir a imagem de bom profissional que Mário começava a ter. José estava constantemente a implicar com o colega, desprezando tudo o que de bem este fazia e fazendo questão que todos soubessem quando algo corria mal, especialmente o patrão. Para reforçar esta posição, José chegou a adulterar resinas e colas, fez desaparecer peças finalizadas ou em fabrico, ferramenta, entre outras. Isto era visível a todos que diariamente conviviam com esta situação e, apesar dos inúmeros avisos de diversos funcionários, o patrão foi complacente, ignorando esses avisos e permitindo que a situação se prolongasse. Seis meses após ter sido contratado, e apesar da previsível reacção do patrão, Mário ganhou coragem e denunciou o comportamento do colega, justificando assim as sucessivas queixas de clientes por diversos defeitos nas peças e atrasos nas entregas de que era acusado pelo patrão. Este não aceitou os argumentos e despediu-o por justa causa, alegando incompetência e premeditação para prejudicar a empresa. Mário recorreu aos serviços jurídicos do sindicato a que é afecto, que lhe tem prestado o apoio necessário e, com a