Ética no Jornalismo

A ética no jornalismo

Textos utilizados: "La vem todo mundo" de Clay Shirky e "A ética do trabalho" de Richard Sennett.

A democratização dos meios de comunicação virou uma demanda socialmente acentuada. A mídia brasileira está sendo recriminada durante as manifestações populares. Para cada cartaz de ataque ao sistema político havia outros direcionados aos meios de comunicação. Seja pela opinião dada nas reportagens, seja pela seleção dos temas noticiados. A confiança na ética jornalística ficou tão ruim quanto a fama dos partidos políticos. Obviamente, essas críticas não são comentadas pela mídia predominante.
A ética do jornalista, enquanto reflexão sobre o próprio agir, implica a possibilidade de fazer seu trabalho de outras formas - sem coação. De agir diferentemente. Demanda, assim, alguma liberdade deliberativa. Como, por critérios políticos e econômicos, não a encontramos completamente, pode-se dizer que a ponderação moral será tanto mais pertinente quanto maior for a possibilidade de deliberação livre do agente. Assim, falar de ética no fazer jornalístico e debater sua possibilidade de desempenho. E pensar sobre as condições materiais de ação do jornalista e de deliberação profissional. Indispensável, portanto, indagar sobre seus espaços de atuação dentro das empresas jornalísticas.
No caso da censura em países de regime totalitário (como o Brasil já foi), a liberdade do jornalista e vítima de abusos, juridicamente tipificadas ou não. No entanto, outros tipos de repressão estarão inexoravelmente presentes, involuntariamente das normas jurídicas que regulamentem a profissão, bem como da sua efetiva aplicação.
Além desses fatores categóricos externos ao fazer jornalístico, devemos pesquisar sobre os fatores propriamente jornalísticos que restringem a liberdade deliberativa do profissional da notícia. A fixação de clausulas de liberdade de imprensa em códigos de Ética e sua previsão constitucional não evitarão que as coações próprias a dinâmica de um