ética geral e profissional
Para Aristóteles a ação humana deve ser baseada predominantemente na razão, pois quando agimos baseados unicamente na paixão, acabamos realizando o vício. Dessa forma, quando agirmos conforme a natureza humana, agimos com a razão e praticamos com perfeição os atos, o que leva a que a ação seja virtuosa. Além disso, Aristóteles acredita que a ação não pode ser baseada na ideia do prazer, do utilitarismo.
Assim, Aristóteles desenvolve a teoria finalista da ação, a qual estabelece que toda ação busca a realização do bem, sendo que o bem é o fim de todas as nossas forças. Tal teoria foi a primeira teoria da ação do ocidente e está presente em Ética a Nicômaco.
Dessa maneira, a ação humana para Aristóteles é caracterizada por três elementos:
- motor interno: é o elemento que causa a ação, ou seja, é a vontade, desejo ou intenção que todos os seres vivos têm no momento anterior ao agir.
- conhecimento das circunstâncias: é o elemento cognitivo, onde só se pode agir quando se tem determinados elementos circunstanciais conhecidos. Ainda assim, é um elemento que pertence a todos os seres vivos.
- potência dos contrários: é o último que define a ação humana. Potência é a possibilidade para que a pessoa possa deliberar entre fazer A ou não-A, e, portanto, essa escolha é única dos seres humanos já que é algo racional a opção entre fazer algo ou não. Como é algo racional, tal elemento só pode ser realizado por ser humano, enquanto os outros elementos acima podem caracterizar a ação de um animal também.
Por fim, a ação é efeito que encontra nos seres humanos a sua causa. Esse causa, contudo, não é necessária, mas sim contingente. A pessoa inicia o curso da ação ao agir, mas é totalmente possível que não tivesse sido feito. Por isso, os seres humanos são responsáveis pelos seus atos. A ação causa um efeito e instaura uma série causal. Aristóteles