horacio quiroga
Meu partido é um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Nesses versos, o poeta faz uma alusão entre partido politico e coração partido, mostrando o quão estava infeliz e insatisfeito com a atual politica do país, e o quanto se iludiu por acreditar na mudança da mesma.
Os meus sonhos foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Eu nem acredito
Ah! eu nem acredito...
Esse trecho me da a ideia de traição, talvez o poeta aqui, queria demostrar, que se sentia traído, enganado, por ver seus sonhos e tudo aquilo em que acreditou ou acreditava ir por água a baixo. Na quela época, havia um sonho pós ditadura, uma crença em dias melhores e que a democracia resolveria todos os problemas do país.
Em uma entrevista Cazuza diz: A música, por sua vez, é muito pessimista, porque, na verdade, é a história da minha geração, a de 30 anos, que viveu o vazio todo. É meio amarga porque a gente achava que ia mudar o mundo mesmo e o Brasil está igual; bateu uma enorme frustração. Nossos conceitos sobre sexo, comportamento, virou alguma coisa, mas deixamos muito pelo caminho. A gente batalhou tanto e agora? Onde chegamos? Nossa geração ficou em que pé?"
Essa entrevista deixa bem clara essa assentação de sonhos vendidos a troco de nada (barato), que o poeta sentia.
Que aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora
As festas do "Grand Monde"...
Aqui ele deixa mais claro ainda a ideia de que tudo aquilo em que creditou e lutou, tinha se perdido. Cazuza disparava contra a burguesia da época, mencionando nessa frase, de modo obscuro, o fato de que ele nascera no berço da sociedade cultural endinheirada carioca, se rebelou contra ela por uns tempos e depois, voltou a circular pelas festas da nata da elite carioca, há também fortes indícios de que ele esteja mencionando uma boate de São Paulo, chamada Grand Monde, do mesmo dono do Val Improviso, de “Só as mães são felizes”, ambas, boates de