Segunda avaliação de disciplina
Instituto de Estudos da Linguagem
Segunda avaliação de disciplina
Disciplinas: TL 220C – Pesquisa X: Teoria Literária
TL114C – Textos em Prosa de Ficção I
Docente: Profª. Drª. Miriam Viviana Gárate.
Aluna: Joice Mensato RA 044259
Campinas, 21 De Junho De 2006.
SEGUNDA AVALIAÇÃO DE DISCIPLINA
Segunda Proposta: Escreva um texto de, no máximo, quatro páginas, comparando (por semelhança ou por contraste) o tratamento dado ao tema do cinema e do triângulo passional nos seguintes relatos: El espectro, de Horacio Quiroga; A invenção de Morel, de Adolfo Bioy Casares.
Tanto no romance A invenção de Morel, de Adolfo Bioy Casares, quanto no conto El Espectro do uruguaio Horacio Quiroga, a trama se desenvolve tendo como base o mito do cinema total. Este remonta as origens do cinema, quando seus idealizadores não o imaginavam como uma projeção de imagens em uma tela plana, mas sim como “uma representação total e integral da realidade”, formando “uma ilusão perfeita do mundo exterior, com o som, a cor e o relevo”.[1] A trama de Bioy é narrada por um narrador/personagem que não se identifica, mas que aqui chamarei de Espectador.[2] Este, acusado de um crime que não cometeu, decide se esconder em uma ilha sobre a qual pairava o boato de estar contaminada por uma peste[3] Em princípio, o Espectador acredita estar sozinho, contudo, alguns dias depois, percebe grande movimentação na parte alta da ilha. Estas pessoas, das quais o Espectador tenta se esconder – afinal, poderiam delatá-lo – na verdade são imagens idênticas projetadas de pessoas que ali estiveram tempos atrás. Essa projeção só foi possível graças a uma máquina inventada por Morel, um dos “habitantes” da ilha.[4] As imagens projetadas por este aparelho foram gravadas por Morel durante a estadia dele e de seus amigos na ilha. O único problema da máquina é que quem é gravado por ela tem uma morte horrível.[5] Quem viu os