ética em enfermagem
Prof.Vanderlei Carraro
Regente de F.C.H.I
Enf.01.001
A Evolução do Ensino da Ética para Enfermeiros
Raimunda Medeiros Germano
Os períodos seguintes, as décadas de 50 e 60, foram ainda mais pródigas no sentido da religiosidade, pois com as associações religiosas fundadas anteriormente – União das
Religiosas Enfermeiras do Brasil (UREB-1944) e União Católica de Enfermeiros do Brasil
(UCEB-1948) – o Rio de Janeiro sediou dois Congressos Internacionais de Enfermagem, ambos religiosos, que tiveram grande repercussão na enfermagem brasileira. Tais eventos proporcionaram não somente uma significativa discussão em torno do "sentido cristão de servir" mas também uma intensa produção de artigos para a revista, em torno da mesma temática. Nesse período, em 1958 exatamente, foi também aprovado o Primeiro Código de
Ética para Enfermeiros, sob a responsabilidade da Associação Brasileira de Enfermagem
(ABEn), tendo recebido, por ocasião de sua elaboração, contribuição decisiva de um grupo de enfermeiros católicos, integrantes da União Católica de Enfermeiros do Brasil (UCEB).
Por outro lado, é importante assinalar que esse sentimento de religiosidade contém forte dose de individualismo, quando a própria Igreja Católica, nessa mesma época, começa a ter intensas preocupações sociais, por exemplo, com a miséria no campo, e, a partir daí, passa a empunhar a bandeira da reforma agrária, sem contar sua participação atuante nos movimentos de educação de base.
A enfermagem, contudo, não estava em sintonia com esse projeto. Os fundamentos de sua ética religiosa eram, de fato, de nítido caráter conservador, que conduzia ao individualismo, à apatia social, à subserviência à ordem estabelecida, ao pieguismo e não ao exercício da crítica social à luz dos ensinamentos do próprio cristianismo (4).
Como demonstração