Ética de aristoteles e kant
Todos os homens que procuram investigar algo o fazem com um fim, e esse fim é sempre um bem. Como estamos sempre investigando e aprendendo coisas, podemos dizer que o bem é a finalidade de todas as coisas, aquilo a que todas as coisas tendem. Esse bem que é um fim pode tanto ser o produto final de ações, como as próprias ações. Às vezes o produto final é completamente distinto das ações, mas tanto um quanto outro podem ser considerados bens, ou somente um deles, mas geralmente quando os resultados das ações são completamente diferentes dessas, esses resultados são por natureza melhores, mais excelentes do que as próprias ações que o originaram.
Como sempre há fins terceiros, para todas as coisas que fazemos, deve haver um fim último para todas as coisas, algo onde tudo o que fazemos seja para atender ao interesse desse fim. Mesmo que pratiquemos nossas ações sem nos apercebermos desse fim último, gerador de todas as ações, ainda o faríamos por ele. Esse fim deve ser o bem supremo, e conhecer o que vem a ser o bem supremo certamente tornaria mais fácil a tarefa de o alcançarmos.
Para Aristóteles, a ciência capaz de determinar qual é o bem supremo ao qual dedicamos inconscientemente nossas ações certamente será a maior dentre todas as artes, e essa arte mestra é a Política, pois todas as ações dos cidadãos e do Estado estão subordinadas às decisões políticas, assim como todas as outras artes também ficam subordinadas a ela.
A política também se utiliza das demais artes, e pode-se afirmar que a política visa o bem de todas elas, e como as artes e ações são praticadas por seres humanos, a política visa o bem humano, que é o bem supremo. Esse bem supremo é importante tanto para o indivíduo quanto para o Estado, mas devemos ter uma preocupação maior no que se refere às questões do Estado, pois abrange a coletividade.
Os homens instruídos em muitas coisas têm melhor capacidade de julgar, e por