ética aristótelica e kantiana
Reinaldo Pereira, no artigo, tem o intuito de fazer uma aproximação comparativa entre a ética aristotélica e a kantiana, para fazer comparações entre esses dois modelos éticos que podem ter pontos comuns serão feitas análises a partir do início da Fundamentação da Metafísica dos Costumes e do início da Ética a Nicômaco. Aristóteles, na Ética a Nicômaco, desenvolve uma análise no sentido do que é e de como seria possível alcançar a felicidade. Aristóteles dedica boa parte da obra à investigação sobre a virtude e/ou vida contemplativa, acerca da virtude ele sugere ser o caminho a ser seguido por quem busca a vida feliz. Possibilitando compreender o que seria felicidade, como ideia de fim e de fim último, e o fim último da ética. No início da Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant, faz uma análise do princípio supremo da moralidade. É perceptível a diferença entre as ideias de kantianas e aristotélicas, no momento em que Kant nega o modelo ético, a possibilidade de algo ser bem em si, como a felicidade, a virtude; para Kant apenas é possível uma boa vontade. Aristóteles nega a unidade do bem, para ele ‘’o bem é dito de múltiplos modos. O bem referente à substância seria Deus ou a inteligência (nous), o referente à qualidade, às virtudes etc’’. Isso não significa que toda ação racional –inteligência- seja um bem. Aristóteles, crítica o modelo ético intelectualista, em que conhecer uma boa ação conduza à boa ação. Assim, é possível que o agente tenha capacidade calculativa para agir bem e não consiga por ter uma disposição viciosa. Pereira, afirma apesar do modelo ético Aristotélico e Kantiano serem distintos, ambos sustentam nem toda capacidade racional conduz à um bem. Em Kant, para algo ser considerado bom precisa ser acompanhado por uma boa vontade. Já em