Ética Cristã e Antropologia
Resenha: Juvenal Arduini – ANTROPOLOGIA: ousar para reinventar a humanidade.
Capítulo II: HOMEM E TEMPO. PÁGINAS 13 – 19.
1.
O acontecimento descrito pelo autor consiste nas mudanças geradas pelo aceleramento degenerativo da realidade moderna, causalidade do avanço desenfreado da tecnologia e conhecimento científico do ser humano. Anteriormente ao avanço do conhecimento científico, o homem vivia no passado buscando tornar o futuro o seu presente. Hoje, o homem começa a perceber que já está presente nesse futuro, mas ainda precisa reconhecer que pensa como no passado. Nossa consciência precisa se readequar aos novos tempos. Continuamos a viver pensando no futuro, e deixamos de pensar na necessidade de avançar na nossa forma de ver o mundo no atual presente. A aceleração do tempo alterou nosso mundo, mas nós permanecemos no passado, fugindo da consciência do futuro que está presente. A crítica de Juvenal Arduini se estrutura nessa necessidade de assumirmos a nossa atual realidade. Sairmos do passado e alcançarmos o presente, a fim de acompanharmos o avanço do tempo, porque este não vai alterar a condição das coisas. O agente da história é o ser humano e este precisa sair da sua inércia alienadora para poder enxergar a realidade que o rodeia, de forma a assumir uma postura mais adequada com os “requisitos” da pós-modernidade.
2.
O conhecimento reflexivo serve de instrumento para cultivar o senso crítico que carece na humanidade atualmente. O cultivar da criação só será possível quando homem negar o valor positivista e absoluto que a razão científica assume, e questionar a própria razão em prol da retomada do processo evolutivo e crescente ao qual o homem deve se encarregar. A humanidade não foi feita para retroceder nem para estagnar. E é nisso que consiste a crítica à modernidade. Criamos uma realidade na qual o presente se tornou o futuro, e temos a falsa sensação de avanço. O materialismo conduz e dita nossos desejos, e se