Antropologia da ética cristã
Deus ao invés de assumir todos os seus filhos diretamente na eternidade, preferiu criar o tempo dando a cada ser humano liberdade e possiblidade de participação, onde se encaminham através de um longo e doloroso processo para o fim último deles mesmos, que vai acontecendo aos poucos nesse mundo dentro de fins mediatos. É necessário lembrar que o homem ainda não é plenamente homem, ou seja, ainda não corresponde à vocação definitiva a que foram chamados por Deus e só alcançarão tal estado no final do processo evolutivo. Tem-se como modelo de vocação do homem e do mundo completamente realizado: Jesus Cristo. O homem atual ainda não é aquilo que Deus quis dele pelo fato de que nenhuma vocação terrestre esgota e realiza plenamente a vocação derradeira. Pode-se afirmar que o homem está a caminho desta, ou seja, está em processo de ascenção para Deus.
CAP 6
A vocação derradeira se realiza aos poucos e só chegará a sua plenitude no termo final. Existe e deve ser considerada uma vocação terrestre fundamental do homem: a vocação dele ser homem. Existem três principais determinações do homem terrestre:
Capítulo 6.1
- Ser um ser chamado a dominar a natureza e a ser senhor: tem o objetivo e a vocação de assim como Deus criou e organizou o mundo diante de um caos que se operava ele deve criar, dominar e ser senhor do seu mundo, não é à toa que Deus concedeu a ele o poder de domar a natureza, os animais e as demais coisas. O homem é o pequeno deus que representa o grande Deus na terra.
Capítulo 6.2
- Ser chamado a conviver com os outros e a ser irmão: a própria bíblia afirma que não é bom que o homem esteja só. Para isso, Deus criou a mulher, retirada da costela, para que esta fosse companheira do homem. Ela não foi feita de maneira primária para ser mãe mas sim para fazer companhia ao homem que se encontrava só. Deve-se lembrar que todos são irmãos em Cristo.
Capítulo 6.3
- Ser chamado a adorar a Deus e a ser filho. As escrituras sagradas afirmam