Ética aulas 3 e 4
→ necessidade de superação da dimensão da mera opinião (doxa) e atingir o verdadeiro conhecimento (episteme).
→ para isso, é preciso superar a inconstância e instabilidade do mundo sensível, e procurar aquilo que é eterno e imutável, a essência das coisas, aquilo que elas são em si mesmas: a Forma ou Ideia.
→ Teoria das Ideias: divisão da realidade em dois mundos, um sensível o outro inteligível. Os objetos concretos, pertencentes ao mundo sensível, são o que são por “participarem” de sua Forma ou Ideia (essência) imutável, pertencente ao mundo inteligível.
→ o Mundo das Ideias, assim, possui uma dimensão paradigmática. As Formas são “modelos” a partir dos quais é possível reformar e estabilizar a realidade sensível.
- Ética de Platão:
→ o homem é concebido por um dualismo alma-corpo. A alma pertence ao mundo das Ideias, e, portanto, o corpo pode ser visto como o “cárcere” da alma.
→ o corpo, assim, é a principal fonte dos males do homem. A alma deve se “purificar”, voltando-se para o mundo das Ideias. Esta purificação, assim, resulta do conhecimento. Para Platão, portanto, virtude = conhecimento.
→ a eudaimonia, assim, está ligada à “saúde” da alma.
A República ou Sobre a Justiça. Para os gregos, o indivíduo tende a se confundir com o cidadão, e, portanto, a ética tende a se confundir com a política. A “justiça”, assim, é tanto a da alma do indivíduo quanto da cidade. Platão considera que é mais fácil encontrá-la primeiro “em letras grandes”, ou seja, na cidade. O Estado nasce da necessidade, e, para supri-la, é preciso que haja uma divisão de classes, cada uma com sua tarefa ou função específica: primeiro uma classe de artesãos, agricultores e comerciantes, que visam suprir as necessidades mais básicas da população. À medida que cresce, a cidade tende a entrar em conflito com seus vizinhos, tornando necessária uma segunda classe, a dos guardiões. Desta nascerá ainda