Árvore de Causas

UNIFACS – UNIVERSIDADE SALVADOR

RESENHA DO FILME
LOCAL COLOR (O MESTRE DA VIDA)

FEIRA DE SANTANA - BA
2013

FEIRA DE SANTANA - BA
2013
Local Color ou O Mestre da Vida na versão traduzida para o português retrada a busca de um jovem artista que ao conhecer o já conceituado (porém desiludido com suas vivências) pintor Seroff, vê uma grande oportunidade de aprender e aprimorar com o ‘mestre’ sua paixão, a arte, mais precisamente a pintura. Uma das grandes discursões do filme é a questão ‘arte é para todos?’’
Seja qual for o tipo de expressão artística deve ser compartilhada, não existem barreiras para se entender a arte, não há faculdade que se ensine a aprecia-la. Esse é o discurso do filme, romper com o pensamento cientificista e enxergar que arte é para ser sentida e não entendida.
A presença dos pais de John no filme expõe outras características do pensamento ao se falar de arte. O preconceito e o machismo do pai o jovem e a alienação da mãe foram chave para tornar o filme ainda mais realista. De forma geral e principalmente nesses últimos exemplos faz com que àquele que assiste ao filme deixe de lado o prejulgamento ou pensamentos similares e perceba a sutileza que é o poder das trocas de experiências ‘’sem interesses’’ e o efeito no intimo de cada uma delas.
Talvez o principal ensinamento de Seroff para seu aprendiz seja a capacidade de ‘’enxergar beleza em todas as coisas’’ (trecho da fala de Seroff), trazendo esse pensamento pode-se fazer uma referência a Fernando Pessoa em Eterna Novidade que diz ‘’ sei ter o pasmo essencial que tem uma criança, ao nascer, reparasse que nascera deveras’’.
Local Color é um misto das características humanas representadas pelos personagens, sonhador, cético, preconceituoso, inteligente, confuso, características somadas às suas experiências irão sempre influenciar no seu foco. E quanto o pensamento de ‘’arte é para todos?’’