Na última quarta feira, trinta e um de julho, deputados aprovaram no Uruguai um projeto de lei que legaliza o consumo e o comércio da maconha. Uma votação será feita, até o final do ano, para ratificação por parte dos senadores. A aprovação geral colocaria nas mãos do Estado o mercado da Cannabis, que poderia ser cultivada em casa ou comprada nas farmácias com um limite de porte e consumo de quarenta gramas por mês. Porém, juntamente com a polêmica de legalização das drogas, questões econômicas, políticas e sociais são levantadas, levando ao questionamento de quão apropriada seria a legalização em países subdesenvolvidos e emergentes. A problemática dos narcóticos envolve diversos fatores como o tráfico, a violência, o plantio, a dependência e seus efeitos. Motivos que levaram países como Holanda, Chile e Canadá, além dos estados norte-americanos de Washington e Colorado, a adotarem medidas alternativas que variam desde a liberação do uso medicinal até a descriminalização de pequenas quantidades para consumo próprio. Em um país, a legalização deve vir acompanhada de um sólido sistema educacional, que acolha o jovem, principalmente o de baixa renda, que vê na droga uma válvula de escape; uma alta organização que permita que pequenos produtores, antes plantadores da droga sob coersão dos cartéis do tráfico, possam receber apoio do governo de modo a encontrar outros artigos agricultáveis que garantam sua subsistência; forte desenvolvimento interno de segurança para controlar o comércio ilegal e otimizar a atividade fiscalizadora. A descriminalização por outro lado, traria um maior controle do consumo e, através de uma política de acolhimento dos dependentes e, através de uma política de acolhimento dos dependentes, aproximaria o consumidor de maconha do Estado para que seja tratado e para diminuir, aos poucos, a clientela do traficante. Enquanto isso, o combate ao comércio ilegal se desenvolve, liberando a possibilidade de uma legalização em longo prazo