A força do discurso
Nos últimos dias a classe de professores da rede estadual da Bahia vem sendo surpreendida por ações autoritárias e hipócritas do atual governo, que violam direitos e usurpam garantias conquistadas historicamente. Em seguida, pelo fato da categoria está em greve, esse mesmo governo e seus representantes querem, através do falso discurso, atribuir a paternidade de todas as mazelas da educação única e exclusivamente aos educadores, colocando-os como bode expiatório pelo caos no qual se encontra o ensino público estadual. O que menos nos falta são falsos discursos. Nós os temos nas rádios, na televisão, nos jornais, na internet e principalmente nos palanques e tribunas. Eles constituem bonitas peças de oratória, estrategicamente elaboradas, mexendo com as emoções e fugindo do raciocínio honesto. Acima de tudo, os falsos discursos enganam indivíduos, famílias, comunidades e até mesmo nações inteiras. Analisemos alguns dos slogans utilizados pelo atual governo com o objetivo de transmitir a falsa idéia de estamos vivendo numa democracia plena: * “TERRA DE TODOS NÓS” * “UNIVERSIDADE PARA TODOS” * “TODOS PELA ESCOLA”
Na verdade, o TODOS a que eles se referem são os que não contrariam seus interesses, sendo-lhes subservientes aos seus desmandos. Várias são as situações que nos levam a questionar os destinos da educação em nosso Estado e não somente uma paralisação de vinte dias. Historicamente já tivemos paralisações muita mais extensas e o mundo não acabou por causa disso, como alardeava o Governo, pelo contrário, foram através delas que obtivemos importantes conquistas que ora querem nos usurpar. A impressão que temos é que nossos governantes foram alunos da escola nazista, que entre outras lições pregavam: “Torne a mentira grande, simplifique-a, continue afirmando-a, e eventualmente todos acreditarão nela”; “Quanto maior a mentira, maior é a chance dela ser acreditada”; ”Uma mentira dita cem vezes, torna-se verdade