Trabalho na sociedade capitalista
O trabalho na sociedade capitalista: ao analisarmos o trabalho na sociedade capitalista, é importante deixarmos claro que não existe uma única sociedade capitalista, mas muitas, que se constituíram nas mais diversas regiões do planeta. Entretanto, o que elas têm em comum é a forma como a produção material se desenvolve. Desse modo, o que as define como sociedades capitalistas é a propriedade privada, o trabalho assalariado, o sistema de troca e uma determinada divisão social do trabalho. Podemos afirmar que o trabalho se transforma em força de trabalho quando se torna uma mercadoria que pode ser comprada e vendida. E, para que ele se transforme em mercadoria, é necessário que o trabalho seja desvinculado de seus meios de produção, ficando apenas com a sua força de trabalho para vender. O trabalho assalariado existiu desde a Antiguidade, Mas não de forma extensiva como no capitalismo. Vários fatores concorreram para que para a desvinculação entre o trabalhador e seus meios de produção. Na Inglaterra, os mais significativos foram os cercamentos das terras comunais e a exploração dos camponeses, o que permitiu a liberação de terras para a produção da lã. Bem como a expulsão de milhares de pessoas sem trabalho para as cidades – ambos os fatores indispensáveis ao desenvolvimento da indústria têxtil. Ou seja, pode-se dispor de muita matéria prima e, ao mesmo tempo, de um exercito de pessoas que possuíam apenas sua força de trabalho para vender. Como processos complementares, encontrava-se o trafico de escravos africanos, a conquista e a pilhagem, principalmente do ouro e da prata nas Américas, e a exploração das colônias, assim como a guerra comercial que se travava entre as diversas nações europeias mediante a tributação e os protecionismos alfandegários.
Esses primeiros comerciantes/industriais, que tinham acumulado riquezas, para isso, financiaram e organizaram a produção de mercadorias através da coordenação do