O trabalho na sociedade capitalista
Já no século XX, a análise marxista trouxe para o centro da discussão o trabalho alienado, o trabalho concreto, e abstrato, o trabalho morto embutido no maquinário e o trabalho vivo criador de valor.
No clássico de Hannah Arendt A condição humana, a autora define labor como atividade que corresponde ao processo biológico do corpo do humano pela sobrevivência, como fim da manutenção e reprodução da vida. Já o trabalho, propriamente dito, significa fabricação, criação do produto por técnica ou arte.
Assim sendo, os homens definem-se pelo que fazem, e na visão marxista a natureza dos indivíduos depende das condições materiais que determinam sua atividade produtiva. Portanto, no processo de trabalho participam o homem e a natureza e este regula as relações materiais entre si e a natureza.
O trabalho concebido com a atividade vital foi capaz de criar e fortalecer a própria sociabilidade humana. Entretanto, ao mesmo tempo em que expressa o momento da potência e criação, o mesmo também se originou do instrumento da punição de tortura o "tripalium".
Nos dias de hoje, é necessário distinguir o sofrimento que o trabalho impõe a aqueles que têm um emprego, do sofrimento daqueles que demitidos se encontram privados de qualquer possibilidade de atuar no mercado formal de trabalho.
No domínio individual, o trabalho é um elemento central para a formação de identidade e da saúde mental do homem comum. No domínio político, o trabalho desempenha um papel estratégico na sociedade atual e, no domínio do conhecimento, do trabalho possibilita a produção de novas tecnologias.
Neste quadro, os métodos de organização do trabalho substituem, no lugar da confiança, da lealdade e da solidariedade, instala-se no