O TRABALHO NAS SOCIEDADES CAPITALISTAS
COMO O TRABALHO SE TRANSFORMA EM MERCADORIA
Trabalho se transforma em força de trabalho quando se torna uma mercadoria que pode ser comprada e vendida. E, para que ele se transforme em mercadoria, é necessário que o trabalhador seja desvinculado de seus meios de produção, ficando apenas com a sua força de trabalho pra vender.
Na antiguidade e no feudalismo, a noção de propriedade estava relacionada com as coisas reais e tangíveis, de uso ou domínio direto, de posse e disposição individual ou coletiva. Posteriormente, estendeu-se aos bens proporcionados pela natureza, aos conhecimentos científicos e tecnológicos, obras de arte ou literatura, direitos jurídicos ou atribuídos pelos costumes, etc. No modo de produção capitalista, a propriedade privada sobre os meios de produção alcança o seu máximo desenvolvimento envolvendo todos os produtos do trabalho como mercadorias.
Os trabalhadores deixam de possuir os seus instrumentos e meios pessoais de trabalho e vêm-se obrigados a transformar a sua própria força de trabalho em mercadoria. Surge uma variedade de propriedade privada em que o capitalista se apodera da mais-valia obtida do trabalho alheio. A posse privada dos meios de produção ampliou o campo das desigualdades sociais. Os homens encontram-se numa posição diferente ante os meios de produção, conforme as classes a que pertencem e as relações existentes de domínio e de subordinação. O proprietário não é, na maioria das vezes, aquele que trabalha, ele apenas fornece as ferramentas para o trabalho, como proprietário dos meios de produção.
O processo que levou à desvinculação entre o trabalhador e seus meios de produção foi longo e está relacionado com as transformações que permitiram a constituição do modo de produção capitalista. Vários foram os fatores que concorreram para que houvesse essas transformações. Os mais significativos foram os cercamentos das terras comunais e a expropriação dos camponeses, o que