Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania - PNAC
A década de 90 começa com um fato muito significativo, divulgou-se a criação de um "programa", de âmbito nacional, que se propunha a reduzir em 70% o analfabetismo brasileiro, no espaço de cinco anos. A iniciativa pretendia marcar a participação do Brasil no Ano Internacional da Alfabetização, proclamado pela ONU.
Lançado oficialmente em 11 de setembro de 1990, o programa tinha por discurso, auxiliar o governo brasileiro que, marcado por ideias de modernidade, precisava confrontar uma dos sintomas de grave atraso e subdesenvolvimento que é o analfabetismo
Já no segundo semestre de 1990 e no primeiro semestre de 1991, muito se falou na imprensa sobre o PNAC. Noticiaram-se convênios e distribuição de verbas, promoção de debates e discussões sobre o tema, criação de Comissões Municipais e Estaduais para uma grande mobilização em torno da questão da alfabetização e do problema do analfabetismo..
Em abril de 1991, realizou-se, em Brasília, uma Reunião Preparatória da 1º Conferência Brasileira de Alfabetização e Cidadania. Nesta ocasião, circularam alguns importantes documentos, tais como:
Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania - Marcos de Referência,
Declaração Nacional sobre Alfabetização e Cidadania –
Plano Nacional de Alfabetização e Educação Fundamental e
Consolidação dos Documentos dos Estados.
Desta reunião, saiu um Relatório Preliminar. Parecia, naquele momento, que o PNAC estivesse encontrando um caminho de integração com a sociedade.
Em maio do mesmo ano, promoveu-se um Encontro Internacional de Alfabetização e Cidadania. A fala final do ministro da Educação transpareceu tensões internas do próprio Ministério que repercutiram sobre o desenvolvimento das ações programadas. Depois, deu-se uma mudança ministerial e o Programa parece ter passado por algumas dificuldades ainda não superadas, pois até hoje (junho de 1992) se espera a realização da Conferência Brasileira de Alfabetização e