Resumo
O Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral) foi criado em 1967, inicialmente em Recife, Paraíba e Sergipe. Tinha três características básicas: independência institucional e financeira, articulação de uma organização operacional descentralizada e centralização das orientações do processo educativo. A gerência Pedagógica Central cuidava da organização, da programação de execução e da avaliação dos trabalhos.
Na década de 1970, o ensino supletivo, caracterizado pelo ensino a distância e por módulos de trabalho, foi inserido no sistema regular de ensino, complementando a atuação do Mobral, estendendo a escolaridade além das primeiras séries.
O Mobral foi extinto em 1985, sendo substituído pela Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos, a Fundação Educar, vinculada ao MEC, atuando com o apoio financeiro das prefeituras municipais ou de associações da sociedade civil.
Em 1990, com o governo Collor, a Fundação Educar foi extinta. Após discussões que permearam a Conferência Mundial sobra a Educação para Todos houve o lançamento do PNAC – Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania.
Com a extinção da Fundação Educar, as obrigações com a educação supletiva que antes eram do governo, começam a ser transferidas para os estados e os municípios.
Em 1996 a LDBEN nº 9394/96 foi aprovada, cujos artigos 37 e 38 tratam da EJA. No país são desenvolvidas iniciativas de campanhas e movimentos de educação de jovens e adultos, como os Enejas (Encontros Nacionais de Educação de Jovens e Adultos), movimentos sociais e outras iniciativas sindicais, preocupadas com processos de conscientização política.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos é aprovada no ano de 2000, num cenário de discussão sobre a organização de diretrizes curriculares para todos os níveis educacionais.