O ‘pessimismo sentimental’ e a experiência etnográfica: porque a cultura não é um ‘objeto’ em via de extinção
O pessimismo sentimental em Marshal Sahlins
Luana Paula Peixoto Aglio 1
Resumo: Resenha do texto “O ‘Pessimismo Sentimental’ e a Experiência Etnográfica: porque a cultura não é um ‘objeto’ em via de extinção” (parte I e parte II), no qual Marshall Sahlins discute a crise atual da Antropologia, defendida por outros autores, e analisa as idéias de um possível desaparecimento do principal objeto de estudo dessa disciplina: a cultura.
Marshall Shalins critica a posição daqueles que afirmam que a antropologia, assim como seu “principal” objeto, a cultura, estão em vias de extinção. Ele admite alguns equívocos da disciplina quanto à interpretação dada à cultura, principalmente pelas conseqüências de sua “fascinação” pelo positivismo, mas salienta que o conceito de cultura não pode ser abandonado “sob pena de deixarmos de compreender o fenômeno único que ela nomeia e distingue: a organização da experiência e da ação humanas por meios simbólicos”.
Ele salienta dois principais tipos de críticas feitas ao conceito de cultura. O problema mais imediato seria a cultura como “demarcação de diferenças”, sendo por isso acusada de discriminatória. A segunda questão diz respeito à continuidade e sistematicidade das culturas estudadas pela antropologia, ou melhor, a afirmação de que o objeto da antropologia está em vias de extinção.
A partir de alguns trechos do texto, poderemos observar a reflexão que o autor faz acerca dessas críticas a antropologia e ao conceito de cultura.
...o corolário dessa redução do conceito de cultura a uma política de discriminação é a tentação de derivar esse conceito de tal política , através de uma pseudo-história
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Luana Paula Peixoto Aglio é discente do 5º período do Curso de Ciências Sociais da UFES.
Atualmente participa do projeto de