O índio e a morte
Em certo momento ele fala da questão da animalidade na cultura indígena, que na ontologia da mitologia indígena, o pano de fundo do mundo é a alma, ela esta infusa em todas as coisas, diferente da nossa concepção ontológica ocidental de mundo que o divide em ser e o não ser. No mundo indígena tudo é a alma, e esta apenas transita para planos diferentes, como na questão do morto que perde seu corpo físico e pode até se incorporar a determinados animais. Estes animais que os indígenas acreditam que podem ser incorporados pelos mortos, não tem a carne consumida, apenas após rituais de purificação feitos pelo pajé.
Em outras sociedades, como a indiana, o homem indiano não vê diferença entre a natureza e a cultura, seu entendimento de sociedade, como para os indígenas brasileiros, vem através da relação que este tem com a natureza, diferente do homem ocidental que afasta e rompe todos os seus conceitos de cultura com os da natureza. Para Aristóteles ‘’o homem é um animal político’’, essa superioridade metafísica do ser humano que é tomada na cultura ocidental faz com que na relação do homem com os outros animais, exista uma superioridade, e esse complexo de