Resenha Roque de Laraia. A Morte e as Mortes de Curt Nimuendajú.UnB: Brasília

Resenha
Roque de Laraia. A Morte e as Mortes de Curt Nimuendajú.UnB: Brasília

O texto se trata de algumas versões de mortes de Curt Nimuendajú, um jovem que chegou ao Brasil em 1903 cujo nome de registro era Curt Unkel, com intenção de conhecer os índios brasileiros, fez muitas viagens para estudá-los e estas fizeram com que Curt tivesse contato com muitos grupos. Um grupo de índios de São Paulo, Apapokuva-Guaraní, que atribuiu a ele o nome de Nimuendajú e em 1922 se naturalizou brasileiro adotando este nome “Curt Nimuendajú”. Graças a convivência com os Guaranis, Curt publicou duas obras mais importantes e muitas outras, além de também enriquecer os Museus do Brasil, da Alemanha e da Suécia com pesquisas arqueológicas. Curt conquistou o amor dos perseguidos e o ódio dos colonizadores que não consideram índio como gente. Curt teve contato com o antropólogo Robert Lowie, e devido a isso publicou nos estudos unidos alguns trabalhos sobre alguns grupos de índios, elaborou um Mapa Etno-Histórico dos índios do Brasil, publicado 40 anos após sua morte. Muitos antropólogos atuais admiram a figura de Curt e o seu contato com Robert Lowie, que era como um orientador de seus estudos. O autor se baseia em pesquisas de alguns antropólogos para apresentar as possíveis causas da morte de Nimuendajú (ocorrida em 10 ou 11 de dezembro de 1945) e usa das repetições de algumas versões para concluir que algumas de suas “mortes” tem mais repercussão e história que outras. Uma versão da morte de Curt é a de que este foi envenenado pelos índios Tikuna, que estavam descontentes com o envolvimento de Nimuendajú com algumas mulheres do grupo, e realmente, ocorreram casos e até casamentos com algumas mulheres Apinayé. E foram as fontes que revelaram esse caso, as mesmas que informaram o que aconteceu com os ossos de Nimuendajú: foram recolhidos a pedido de Herbert Baldus e ficaram guardados durantes anos no setor de Etnologa do Museu Paulista, mas em 1981 a