A conquista da américa
A conquista da América. A questão do outro (Tzvetan Todorov)
*Parte III: Amar
*Cap.1: Compreender, tomar e destruir
-A cultura asteca foi destruída justamente pelo fato dos espanhóis terem conhecido-a. Mas ñ a ignoravam, pelo contrário, admiravam-na. E isso que levou a sua destruição, ou seja, o encantamento que a cultura produzia em Colombo, fazia-o ao observá-la, tece-la sempre em comparação com a grandeza da cultura espanhola. Um reflexo, onde pessoas, animais e monumentos eram vistos como objetos contemplativos, que se tem que ter por contato, por posse.
-"Nesse caso, o outro era reduzido, pode-se dizer, ao estatuto de objeto" (pág.187).
-Esse olhar de Colombo não era muito parecido com o de Cortéz, que embora não encarasse os índios como sujeitos, plenamente falando, encara-os como sujeitos produtores de algo.
-No ponto referente à escravidão, Colombo encara os índios como passíveis de serem submetidos, pois vão servir aos rei espanhol.
-Cortez, assim como os demais, embora se interessa pela cultura asteca, observa-a com um olhar europeu. Eles compreendiam a cultura mexicana, mas não a reconheciam como tal. E sem reconhecimento, há subjulgo da cultura alheia. Como assim o fizeram.
-A morte provocada pelos espanhóis reside em três pontos:
(1)Assassinatos por guerras=número de mortes pequeno
(2)Maus-tratos=número de mortes mediano
-Tabalhos pesados nas minas e consequentemente, altos impostos, que exigiam mais trabalho para compensar. Isso também diminuia a natalidade.
(3)Choque microbiano=número de mortes alto
-Aumento do contágio às doenças devido ao contato bem como o trabalho exaustivo, que deixava os índios vulneráveis.Contribuia o fato dos conquistadores nada fazerem para frear as epidemias, pois se tratava de um castigo divino.
Ampliado, também, pela subnutrição.
»OBS: A partir dos relatos de Motolinia, podemos notar que para este o castigo divino era uma punição indireta, pois na verdade, os verdadeiros culpados