O vale dos ilicio brasileiro

nacional acadêMico pensamento

brasileiro
(e as subsidiárias de nível 5)
HsMManagement 81 • julho-agosto 2010 hsmmanagement.com.br 32

O Vale dO SilíciO

Fotos: Rodrigo Hamam

em entrevista exclusiva, marcos amatucci, especialista da espm em internacionalização de empresas e estudioso da indústria automobilística nacional, mostra como a cadeia produtiva do setor evoluiu para tornar-se referência em inovação e produção ma coisa leva à outra. O mercado brasileiro de automóveis contou, originalmente, com muitas desvantagens, como o fato de ser “copiador”, o que afastou as matrizes de Ford e Volkswagen daqui por um tempo, até os anos de inflação alta, passando por estradas malcuidadas e pela rejeição de estrangeiros à ideia de vir para cá morar. Mas, com os anos, elas acabaram revertendo em uma poderosa vantagem competitiva mundial. As subsidiárias das montadoras estrangeiras criaram um cluster de excelência de fabricação de veículos no Brasil com know-how –leia-se “mão de obra”– local. Um verdadeiro “Vale do Silício” do automóvel. E outra coisa leva a mais outra. Com tal evolução, veio à tona um novo modelo de subsidiária de multinacional –quinto estágio de desenvolvimento, segundo a escala proposta pelo pesquisador inglês Julian Birkinshaw–, que combina perfeitamente com a globalização, proposta por C.K. Prahalad, de vários centros e nenhuma central, conforme seu artigo na HsM Management nº 72. Essa subsidiária de nível 5 integra uma rede na qual cada unidade tem estratégia própria, inova em produtos e presta serviços a suas redes. Quem chama a atenção para o Vale do Silício do automóvel no Brasil e para o conceito de subsidiária de nível 5 é o professor Marcos Amatucci, diretor de pesquisa e formação científica da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), nesta entrevista exclusiva a a entrevista é de adriana salles Gomes, editora-executiva de HsM ManaGeMenT. Adriana Salles Gomes, editora-executiva de HsM Management. Apaixonado por carros,