O uso do infinitivo
1) Em locuções verbais, devemos usar o infinitivo impessoal (= não se flexiona):
“Os deputados DEVEM ANALISAR o caso na próxima semana.”
“Os contribuintes PODERÃO, a partir da próxima semana, PAGAR antecipadamente o IPTU.”
Observe que, nas locuções verbais, temos uma oração. O verbo auxiliar é o que concorda com o sujeito.
2) Em orações reduzidas, usamos o infinitivo pessoal (=concorda com o sujeito):
O professor trouxe o livro PARA EU LER (=para que eu lesse)
PARA TU LERES
PARA ELE LER
PARA NÓS LERMOS
PARA VÓS LERDES
PARA ELES LEREM
Nesse caso são duas orações. “O professor trouxe o livro” é a oração principal. A segunda oração é reduzida de infinitivo.
Observe o exemplo a seguir:
“Houve uma ordem / PARA OS PRÓPRIOS FUNCIONÁRIOS CADASTRAREM OS CONTRIBUINTES.”
Esquema de fixação:
Locução verbal = verbo auxiliar + infinitivo impessoal
(=não se flexiona);
Oração principal + oração reduzida de infinitivo
(pessoal = concorda com o sujeito)
Dúvida do leitor:
“Os técnicos estão aqui PARA RESOLVER ou RESOLVEREM o problema?”
São duas orações. “Os técnicos estão aqui” é a oração principal e “para resolver(em) o problema” é reduzida de infinitivo. Aqui são duas orações, mas o sujeito é o mesmo (eles = os técnicos). Como o sujeito do infinitivo está oculto (eles), alguns autores consideram um caso facultativo, outros afirmam que é um caso de infinitivo não flexionado. Em geral, a preferência é pelo SINGULAR:
“Os técnicos estão aqui PARA RESOLVER o problema.”
Observe mais exemplos:
“Duas novas ruas foram abertas / para FALITAR o acesso.”
“Usineiros e representantes estarão em Brasília / para PRESSIONAR o governo federal.”
É interessante observar que, na 1ª pessoa do plural, todos preferem o infinitivo não flexionado: “Nós saímos / para ALMOÇAR”. Ninguém diria: “Nós saímos para almoçarmos.”
Observe, agora, os casos abaixo:
1) Se o sujeito estiver claramente expresso, a concordância é obrigatória: “Trouxeram os