Resumo - Teorias da gramática
Cuida o presente trabalho das inferências filológicas no emprego do infinitivo da língua portuguesa, mormente no que tange ao uso flexionado.
Ladeando as teorias de cinco notáveis gramáticos e filólogos: Sousa da Silveira, Celso Cunha e Lindley Cintra, Manuel Said Ali e Evanildo Bechara, apresentamos os exemplos, em ambas as formas de infinitivo, de escritores clássicos da língua portuguesa: Camões, Vieira, Camilo, Castilho, Bernardes, Herculano, etc., como também de escritores modernos: Machado de Assis, Gonçalves Dias, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Coelho Neto, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Florbela Espanca, dentre outros.
Sob todos esses aspectos, é de notar-se a prevalência da estilística, entremeando-se com a linguagem, isto é, os traços estilísticos explicam-se através da gramática.
Antes de encetarmos este pequeno estudo, é necessário tecermos algumas considerações sobre o infinitivo (ou infinito).
Juntamente com o gerúndio e o particípio, constitui as formas nominais do verbo.
O uso distintivo das formas flexionadas e sem flexão afigura-se-nos como um dos grandes temas conflitantes da sintaxe portuguesa e a opinião dos gramáticos e filólogos tem-se mostrado bastante eclética, muitas vezes sob a necessidade da melhor forma de expressividade estilística.
Ao infinitivo pessoal ou flexionado, que representa um idiotismo da Língua Portuguesa, somam-se três teorias de abalizados filólogos para explicar o aparecimento do mesmo.
A primeira, de Meyer Lübke, embasa-se em fatores analógicos, isto é, em consonância com a conjugação do futuro do subjuntivo, que diz: cantar, cantares, cantar, cantarmos, cantardes, cantarem.
A segunda, de Leite de Vasconcelos, também se apóia em fatores analógicos, de acordo com a maneira de se conjugar o futuro do subjuntivo.
A terceira, que é engrossada por maior número de estudiosos, afirma que o infinitivo flexionado provém diretamente do pretérito imperfeito do