Resistência à Mudança Organizacional – Parte I
Luiz Carlos dos Santos1
Zelândia Morais Fernandes da Costa2
O mundo vem passando por constantes transformações. Esse cenário vem obrigando as organizações que pretendem manter-se no atual mercado, altamente competitivo, a mudarem na mesma velocidade. Desse modo é exigido das pessoas (que muitas vezes são consideradas a própria organização) a resiliência necessária para além de aceitar as mudanças se adaptar da melhor forma possível a elas.
Segundo Kotter a economia global proporciona tanto riscos quanto oportunidades forçando as organizações a buscarem melhorias continuamente não somente para competir mais para sobreviver. Este é um dos principais desafios das organizações contemporâneas; dispor de colaboradores que não sejam resistentes a mudança, uma vez que tal comportamento tende a desencadear uma serie de situações que atrapalham o desempenho organizacional.
Nosso ego é frágil. Alguns autores que tratam o tema, a exemplos de Robbins, Judge e sobral (2010) mostram que as principais variáveis do comportamento humano que motivam o comportamento resistente diante do novo podem ser segmentadas em duas fontes, Individuais e Organizacionais. Nas fontes individuais permeiam: os hábitos, agimos conforme o costume; indivíduos com necessidades de segurança em grau elevado resistem a mudanças por se sentir ameaçado em sua zona de conforto; fatores econômicos, a possibilidade de não apresentar o mesmo desempenho de antes, especialmente quando a remuneração estiver vinculada à produtividade; medo do desconhecido, pois, a mudança faz o conhecido ser trocado pela incerteza; processamento seletivo de informações, as pessoas processam seletivamente as informações na tentativa de manter suas percepções intactas e só ouvem o que querem ouvir, ignoram informações que possam desafiar suas verdades. Permeiam nas fontes organizacionais de resistência à mudança: a inercia estrutural, os mecanismos internos de proteção à