O trabalho

Baseado no discurso da doutrina positivista de Augusto Comte, o líder republicano Benjamim Constant, aderiu a esta nova proposta e ao lema de Comte fazendo-o constar em nossa bandeira nacional: “Ordem e Progresso”. Os ideais positivistas de Comte reclamavam para si a revolução do pensamento universal, a renovação das perspectivas e esperanças do homem como homem e a reorganização da sociedade numa nova proposta que viria a abolir a subserviência, a submissão total e irrestrita a um sistema que privilegiava uma elite em detrimento da massa, como o fora o antigo regime, fundamentado no sistema feudal. Quase dois séculos depois, as sociedades ditas democratas continuam lutando por uma maior igualdade de direitos entre seus cidadãos, pois apesar de muitos deles já estarem dispostos nas leis, na prática, os mesmos não são exercidos com “Ordem e Progresso”, como sugere o lema do positivismo destacado em nossa bandeira nacional. Na sociedade feudal, não havia mobilidade social, além de ser completamente hierárquica. A nobreza era detentora das terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero tinha grande poder, pois era visto como responsável pela proteção espiritual da sociedade, era isento de pagar impostos e cobrava o dizímo (décima parte da renda). Na economia feudal existia moeda, mas ela era muito pouco utilizada, a forma mais comum de troca era através de produtos e mercadorias por ser esta sociedade uma sociedade principalmente agrícola. Nas sociedades agrícolas, começava-se a trabalhar muito cedo, as crianças com idades entre cinco e seis anos já iam para o campo junto dos pais e só paravam de trabalhar quando morriam. Tinham uma jornada de trabalho muito longa, trabalhando um mínimo de dezesseis horas por dia, o que os levavam a ter um tempo de vida curto, de apenas quarenta anos.(Pochmann, Marcio, 2006) A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres tinham acesso ao estudo. A sociedade agrária feudal