O trabalho do psicologo na comunidade
A identidade socioprofissional na berlinda
A área de atuação e o consultório como local privilegiado para o exercício do psicólogo são os mais freqüentes na profissão. O binômio clínica/consultório particular vem sendo objeto de reflexão e crítica. Reflexão esta que remete, de um lado, à questão da constituição da psicologia como campo do saber, onde a fluidez de suas fronteiras como ciência inserida no conjunto de disciplinas cujo objetivo de estudo é o homem, contrasta com a tendência corporativa de sua prática, quando as fronteiras fechadas na luta por seu espaço no mercado de trabalho. Adequando a realidade brasileira, criticando-se a tendência elitista e a falta de comprometimento com a problemática das classes trabalhadoras, assim muitos psicólogos deslocam suas atividades dos consultórios particulares, inserindo-se diretamente na comunidade ou nas instituições voltadas ao atendimento das camadas mais desprivilegiadas da população.
Esta inserção em instituições públicas ou na comunidade é bastante problemática tanto no que se refere às dificuldades externas, relativa à falta de recursos, quanto à ausência de modelos de atuação, apontando para uma ciência de formação acadêmica voltada para o modelo clinico.
A ótica do Psicólogo: a representação social dos psicólogos sobre sua prática profissional.
Estudos mostram o modelo decorrente da estrutura e área de atuação do psicólogo. O primeiro estudo foi realizado por Palmonari (Palmonari e Zani,1989) a pesquisa aponta para a existência de quatro grupos distintos de psicólogos, grupos delineados em função de suas definições de identidade socioprofissional. No primeiro grupo o psicólogo define-se como um ativista político; no segundo grupo a psicologia é vista como uma ciência social cuja função e intervir na realidade social; no terceiro grupo centra sua atividade nos processos intra-individuais, considerando impossível a atuação sobre a realidade social ampla e no