Papel do psicologo comunitário
4ª Semana do Servidor e 5ª Semana Acadêmica
2008 – UFU 30 anos
O PAPEL DO PSICÓLOGO COMUNITÁRIO: ANÁLISE DE UMA INTERVENÇÃO E PROPOSTAS DE ATUAÇÃO
Daniel Caldeira de Melo1
Universidade Federal de Uberlândia, Av. João Naves de Ávila, 2121. dcmelo@gmail.com
Fabíola Graciele Abadia Borges2 fabiolagborges@yahoo.com.br Resumo: Este artigo teve por inspiração o projeto “Psicoterapia possível em contextos sociais e familiares desfavorecidos” desenvolvido no Círculo de amigos dos pobres de Santo Antônio. Nosso objetivo era promover uma análise crítica dos modelos atuais de intervenção na comunidade e propor novas formas de intervenção, mais próximas dos interesses e necessidades da população a qual tais práticas se destinam. Bem como repensar o papel do psicólogo na comunidade. As práticas dos psicólogos em comunidades podem ser estudadas por vários aspectos, entre eles destacamos dois: pelo modo de inserção na comunidade e pelos objetivos norteadores. Quanto ao modo de inserção, as práticas podem ser divididas em quatro ideologias de atuação: a) pautada pela militância e participação política; b) caracterizada por ideais filantrópicos, caritativos; c) derivada de uma inquietação científica; e d) associadas à transformação social. Quanto aos objetivos norteadores, podem ser de dois tipos: aqueles definidos a priori e aqueles definidos a posteriori. Todavia, há dois caminhos após este início: cessa-se a participação da população e as metas e os procedimentos para o alcance das mesmas se tornam função apenas do psicólogo, ou a comunidade continua participando efetivamente de todas as etapas da atuação. Sendo assim, o papel do psicólogo deve ser delimitado para que não se continue a propagar uma idéia errada da oferta que ele promove na comunidade. A intervenção deve se pautar pela atuação de outros profissionais que possam auxiliar a compreensão da complexidade que uma instituição apresenta – sendo por isso indispensável a