O Sítio das Coisas Selvagens
Por Mariana Soares Martinho
Era uma vez um rapaz chamado Max. Tinha 9 anos e era um pouco sensível, mas muito aventureiro. Tinha uma irmã mais velha que ele achava insuportável, pois estava na fase da adolescência e só queria saber das suas amigas e dos rapazes mais velhos. Já não ligava nenhuma a Max. O seu pai já não vivia com eles. Os pais de Max tinham-se divorciado e a sua mãe também deixara de lhe dar atenção - estava demasiado ocupada com o seu namorado novo.
Certo dia, Max ficou tão zangado com a sua irmã que, sem pensar muito bem nas consequências, encheu 10 baldes de água e foi despejar no quarto dela, inundando as alcatifas, o armário, a cama e tudo o que conseguiu. Quando a mãe chegou a casa e se deparou com aquele cenário zangou-se e pô-lo de castigo.
Max sentiu-se muito frustrado uma vez que ninguém o compreendia. Decidiu então fugir de casa. Correu para a floresta o mais rápido que pôde até que chegou a uma pequena ribeira, onde avistou um barco. Como o seu pai lhe tinha ensinado a navegar, quando ele era mais novo, Max entrou para o barco e navegou no alto mar na direcção do vento, durante o que lhe pareceu ser uma eternidade.
Finalmente, chegou a uma pequena ilha, onde habitavam uns animais selvagens com mais de 3 metros que tentaram comer. Mas Max descobriu que eles até eram meigos. Pediram-lhe para ser o seu rei, pelo que Max prometeu tornar aquele sítio num bom lugar para todos viverem. No entanto, Max percebeu que governar um reino não é assim tão fácil como ele pensara e no meio de todas aquelas aventuras criaram-se problemas. Max começou então a sentir saudades de casa e decidiu voltar, deixando para trás grandes amizades que tinha criado naquela ilha.
Ele pensou que se navegasse agora no sentido contrário conseguiria chegar a casa. Chegou, alguns dias depois e aguardava-o um pequeno lanche em cima da mesa e a sua mãe a dormir no sofá. Max sorriu ao perceber que não tinha sido