O surgimento do planejamento urbano
Hannah Kauer¹
Maiana Lobo²
A expressão “planejamento urbano” surgiu na Inglaterra e nos Estados Unidos, com a intenção de analisar as cidades e amenizar seus problemas. Uma mudança importante refere-se ao reconhecimento do fenômeno urbano como algo dinâmico, a cidade é resultado de sua própria história e evolui com o tempo. A cidade passa a ser tratada como produto de um determinado contexto histórico, e não mais como um modelo ideal a ser representado pelos urbanistas.
Isso leva à segunda modificação introduzida pelo planejamento: a ênfase passa da busca pelo modelo de cidade ideal e universal para a solução de problemas práticos e concretos, procurando estabelecer mecanismos de controle dos processos urbanos ao longo do tempo. O foco começa a ser a cidade real, não mais a cidade ideal.
Outra mudança importante é a entrada efetiva de profissionais de diversas áreas do conhecimento, havendo uma redução no papel do arquiteto no desenvolvimento das cidades. Dentro dessa nova concepção, o planejamento pode ser definido como o processo de escolher um conjunto de ações considerado as mais adequadas para conduzir a situação atual na direção dos objetivos desejados.
Essa visão se opõe com a concepção mais tradicional, segundo a qual o urbanista deveria “projetar” a cidade. Porém, essa mudança se consolidou com a vinda do planejamento sistêmico, que se determina como uma série contínua de controles sobre o desenvolvimento de uma área, auxiliados por mecanismos que buscam simular o processo de desenvolvimento de forma que esse controle possa ser aplicado.
Segundo McLoughlin, a cidade é um sistema composto por partes intimamente conectadas. Por isso, para intervir nesse sistema não é mais suficiente o enfoque espacial dos arquitetos. Ao contrário, é necessário reconhecer o caráter dinâmico e sistêmico das cidades.
Partindo desse argumento, McLoughlin propõe uma seqüência de etapas que devem ser seguidas durante o