Resenha - o trono de vidro
Antonio Olyntho Marques da Rocha, 1919 nasceu em Ubá, e foi batizado no Piau, Minas Gerais, estudou Filosofia e Teologia nos seminários católicos de Campos, Belo Horizonte e São Paulo. Tendo desistido de ser padre, foi durante 10 anos professor de Latim, Português, História da Literatura, Francês, Inglês e História da Civilização, em colégios do Rio de Janeiro. Nomeado Adido Cultural em Lagos, Nigéria, pelo governo parlamentarista de 1962, em quase três anos de atividade, fez cerca de 120 conferências na África Ocidental, promoveu uma grande exposição de pintura brasileira sobre motivos afro-brasileiros, colaborou em revistas nigerianas, enfronhou-se nos assuntos de nova África independente e, como resultado, escreveu uma trilogia de romances - "A Casa da Água", "O Rei de Keto" e "Trono de Vidro" O presente trabalho trata-se de uma resenha do livro Trono de Vidro, onde o autor relata a vida da jovem “Mariana”, que aos 25 anos de idade, devido à morte de seu pai em 1968, o ex-presidente da República Sebastian Silva, do Zorei, sente-se forçada a retornar a sua cidade natal, devido às injustiças impostas pelo governo da época e também retomar os ideais de seu pai, ou seja, o processo de descolonização africana, que o autor descreve como movimento do Sebastianismo. Nesse sentido, o autor no livro Brasileiro na África relata: Somos um grupo grande, de homens de toda a África que, falando francês como nós, estão em Paris preparando a autonomia. (...) Temos em Paris um movimento, chamado Présence Africaine, que luta em favor da consciência da gente negra, e nele estão africanos como Senghor e D’Arboussier, e não africanos como Césaire, que é das Antilhas, e Damas, que é da Guiana, numa permanente campanha em prol dos povos colonizados. (OLINTO, p. 325).
Para melhor entendimento, o autor dividiu sua obra em