O surgimento das ciências sociais
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O Surgimento das Ciências Sociais Na antiguidade grega já havia uma grande preocupação com o social, não somente por haver ali uma sociedade constituída, mas por ela ser determinação de um sistema de produção. Tal sistema de produção, o escravismo, funcionava com base no conceito de propriedade privada. E, a propriedade privada, segundo Marx, promove uma divisão da sociedade em duas: uma classe que domina e uma classe que é dominada. E é dessa relação que surge uma dinâmica, a luta de classes. Platão, Sócrates e Aristóteles fizeram várias propostas de Estado e de sociedades, de como deveria ser a ética necessária para a convivência social; Aristóteles já dizia que o homem é um animal social, pois não consegue viver isolado, necessita viver em sociedade, devido a sua capacidade de agregação. Tudo isso está associado à Filosofia Social. Sem contar que, na Grécia Antiga existiam as ágoras, praças públicas, que eram espaços destinados a construção da cidadania, pois nelas se discutia problemas sociais, políticos e até julgamentos aconteciam; havia debates e, até os mendigos podiam participar, desde que respeitassem as regras para se discutir eticamente. Já, na Idade Média, o social estava preso ao eixo da Igreja Católica, que era detentora da hegemonia, pois tinha o ideológico em suas mãos, permitindo fazer o controle sobre a sociedade feudal. E, por outro lado, a Igreja havia se tornado a maior senhora feudal da idade média, pois era detentora de boa quantidade de feudos e ainda cobrava impostos. A sociedade feudal era uma sociedade presa a uma visão de mundo fundada no teocentrismo, Deus como centro de tudo. Isso fazia com que o senso comum predominasse e gerasse uma cegueira na razão, facilitando a dominação da maioria. A sociedade feudal também girava em torno de um sistema produtivo superexplorador e desumano, pois quase a totalidade da produção dos servos se destinava à igreja, aos reis e aos senhores feudais, e o pouco que restava era para a