O sujeito por Foucault

O SUJEITO POR FOUCAULT
O poder disciplinador é com efeito, um poder que em vez de se apropriar e de retirar, tem como função maior adestrar para suprimir e se apropriar ainda mais e melhor. O poder disciplinar não subjuga e nem reduz as forças dos elementos ele procura juntá-las, ampliá-las e utilizá-las como uma força maior e concentrada. É uma técnica singular que adestra os indivíduos como objeto e como instrumento de seu exercício, funciona do mesmo modo de um projeto é um poder modesto desconfiado e ao mesmo tempo permanente, ou seja, é um poder sutil. Chegando habilmente e aos poucos e assim modificando o indivíduo, de acordo com sua conveniência e interesses. A continuidade e o sucesso do poder de disciplinar, se faz com o uso de instrumentos simples. Assim, ele será abrangente e totalizante dentro da sociedade.
O papel da disciplina é o poder da norma. A nova lei da sociedade moderna, veio unir-se a outros poderes estabelecidos: o da lei, da palavra, do texto e o da tradição. Essa norma se estabelece como princípio de coerção no ensino, com a instauração de uma educação estandardizada e a criação das escolas normais. Cria novas formas de convivência social e a regulamentação de poder no fim da era clássica. O status social e os privilégios tendem a ser substituídos, ou pelo menos, acrescidos por uma gradação de normalidade, que são sinais de filiação num corpo social homogêneo, mas que tem em si mesmos um papel de classificação, de hierarquização e de distribuição de lugares. Compreende-se que a norma estabelecida pela disciplina funcione dentro de um sistema de igualdade, pois, ela introduz como um imperativo útil e resulta de uma medida em todos os níveis das diferenças individuais.
Durante a época clássica houve a descoberta do corpo como objeto e alvo do poder. Encontramos facilmente sinais dessa grande atenção dedicada ao corpo, que se manipula, se modela, se treina, se obedece, que responde e torna-se hábil; e cujas forças se multiplicam. Alguns