O Sublime
O Sublime
Longino Longino da inicio ao seu tratado a partindo da seguinte questao: até que ponto é possível estimular nossos dons naturais? Para tanto, problematiza a relação da natureza com a arte, isto é, com a técnica. Em sua criação há natureza e técnica, e é necessário refletir em seu encontro. Esta ligação não pode ser deduzida de um modo sequencial, mas sim em um ato. Aquio natural é tido como dom inato ou talento, e a técnica o trabalho. A essência do Sublime está no impulso realizado nas obras. Longino estabelece a educação como “espécie de violência reguladora”, “pelo freio e pelo aguilhão”, como processo necessário para o Sublime.
O Sublime tem dois quesitos: ética e universalidade. O critério ético: “Nenhuma coisa cujo desprezar tenha grandeza é grande”. Não se trata de um desprezo geral, mas do esforço de alguém que, em condição de aceitar, recusa. Este critério permite operar a separação entre o essencial e o acessório. O critério da universalidade: “É seguramente e verdadeiramente sublime o que agrada sempre a todos”. Da discordância nasce algo que é da ordem da inteligência e da razão, que pode se definir em termos de julgamento e assentimento
O julgamento e o assentimento são operações da razão que levam à ciência.
Podemos concluir, finalizando, que o Sublime de Longino é “violência que desequilibra, um choque”. O choque surpreende o julgamento e faz-nos sair de nós mesmos, mergulha-nos no êxtase. O Sublime leva sempre a ultrapassar a medida, porém, quando a desmedida é bem sucedida, deve impor sua norma. O Sublime, então, é o encontro entre a natureza e o trabalho, a violência e a figura na ocasião.
“O Sublime de Longino é uma estética sem ilusão, mas que conserva a fé e que persiste em dá-la” (Filomena Hirata).
Burke
“O principal dos estudos de Burke é explicar como o sentimento de beleza é uma forma sem interesse de amor, ou seja,