O Sorriso Da Monalisa

O filme “O Sorriso da Mona Lisa” conta a história de Katherine Watson, uma professora de história da arte que aceita um novo emprego em uma escola feminista e tradicionalista, onde as melhores alunas do país recebem a melhor educação para se tornarem as melhores esposas. A personagem principal é um símbolo para a ruptura de um paradigma social: na década de 50 nos Estados Unidos, as mulheres começaram a ganhar mais espaço na sociedade norte americana, ao conquistarem o direito de cursar o ensino superior, porém isso era considerado suficiente, para que elas se tornassem logo após seu término a esposa, mãe e dona de casa perfeita. Katherine é independente e autossuficiente. Ela não precisa e não quer um marido e uma casa para cuidar para ser feliz e realizada.
Essa atmosfera de valorização à tradição e ao clássico pode ser relacionada à arte também, que é o principal foco de estudo das aulas dela. Ela apoia a arte contemporânea e sua falta de limites para se expressar, algo totalmente contra aos conceitos clássicos da escola. Ao ensinar para suas alunas a não decorarem e copiarem textos, mas sim aprenderem a ver e entender por si próprias o que a arte representa, ela vai contra o padrão. A história da arte sempre foi marcada por grandes revoluções de pensamento e produção artística. Ela ensina não só a entender a arte, como também a compreender que arte pode ser tudo aquilo que representa algo, e que todos são livres para fazerem o que quiserem como bem entendem. Ela mostra que casar e ter a vida americana perfeita não é a única escolha daquelas meninas, elas podem seguir adiante com os estudos, e melhor ainda, se quiserem fazer os dois, elas podem, porque são livres.
O nome do filme representa muitas coisas: como uma mulher, alguém que não teve nenhum respeito por muito tempo, pode estar num quadro e ser motivo de discussões infinitas sobre o que ela representa; ela significa uma ínfima, porém significativa, libertação da mulher na sociedade; ela mostra que sua