O soroban na educação básica
Olímpia Gurgel
Por algum tempo o homem usou recursos naturais como gravetos e pedras para fazer registro de quantidades. Essa necessidade fez com que criasse instrumentos para fazer cálculos (palavra originada do latim calculus, que significa pedra pequena). Um desses instrumentos criados foi o ábaco há mais de 2000 anos e o mais difundido foi o japonês, conhecido por soroban.
O soroban é importante para realização de cálculos e faz com que a pessoa pense sobre os processos que vão sendo realizados, desenvolvendo a memória e o raciocínio lógico-matemático.
Não é um recurso utilizado na educação básica e, muitas vezes, é até desconhecido pelas pessoas, pois a rapidez de cálculos efetuados pelas calculadoras ou por softwares faz com que se opte pelo mais fácil. Até mesmo os deficientes visuais, para quem o soroban foi adaptado, optam pelas novas tecnologias, pois como já foi dito, ele leva o aluno a pensar e nossos alunos, de um modo geral, não foram trabalhados para isso. No entanto, a utilização de outros recursos para calcular faz com que alguns procedimentos utilizados nos algoritmos de operação do nosso sistema de numeração acabem sendo esquecidos.
O soroban deveria ser usado por todos os alunos das escolas públicas e privadas, deficientes visuais ou não, pois ajuda muito na reflexão sobre o sistema de numeração e na realização das operações fundamentais. A frequência do seu uso aumenta a rapidez para fazer cálculos mentais, fundamental para o deficiente visual e de grande importância para os demais alunos. Contudo, o grande impedimento para isso e talvez o maior desafio seja fazer com quem os professores de matemática conheçam esse instrumento, aprendam a utilizá-lo e deem a devida importância para fazer uso dele nas salas de