O Sofista
Os personagens principais são Teodoro, Sócrates, um Estrangeiro de Eléia e Teeteto. Teodoro é o primeiro que fala dirigindo-se a Sócrates e apresentando-lhe o Estrangeiro como filósofo, homem divino, do círculo de Parmênides e Zenão. Sócrates, voltando-se para Teodoro e os presentes, faz menção as interpretações que dão ao gênero divino e, só então, dirigi-se ao Estrangeiro perguntando-lhe sobre o que se entende por filósofo em Eléia, e se ser filósofo é o mesmo que ser político ou sofista e vice-versa. O Estrangeiro responde que são coisas pertencentes a gêneros distintos e, assim, Sócrates o convida a explicar o que é cada um desses gêneros (filósofo, político, sofista). O Estrangeiro se propõe a explicar um deles, o sofista, com o intuito de "saber e definir claramente o que ele é".
O Estrageiro propõe a Teeteto um método de investigação para se chegar a uma definição fiel do sofista. Decide também fazer um ensaio deste método com um tema “mais fácil”, desenvolvendo assim um modelo para se aplicar à investigação do “tema grandioso”, ou seja, do gênero sofístico. Reconhecendo a sofística como uma arte, a compara com a arte da pesca por anzol:
Atribui ao pescador por anzol e ao sofista uma arte em comum, a saber, a arte de aquisição, definindo a ambos como caçadores.
A primeira definição do sofista: caçador interesseiro de jovens ricos. Com o pretexto de ensinar, o sofista se empenha na caça interesseira aos jovens ricos para obter vantagens econômicas.
A segunda definição do sofista: o comerciante em ciências. De acordo com o Estrangeiro, o sofista “de cidade em cidade vende as ciências por atacado, trocando-as por dinheiro.” Desta forma, coloca a sofística no plano da arte da aquisição, ou mais especificamente, “da troca comercial, da importação espiritual, que negocia discursos e ensinos relativos à virtude”.
Terceira e quarta definições do sofista: pequeno comerciante de primeira ou de segunda-mão Independentemente