O sociólogo e historiador (Bourdieu e Chartier)
Prefácio
Entrevistas em 1988
Bordieu como um defensor convicto das rupturas cientificas operadas por seu trabalho, mas igualmente sempre disposto ao diálogo com outras disciplinas e abordagens
Contexto intelectual e histórico da época das entrevistas
O diretor da estação de rádio Jean Marie Borzeix deseja incluir Bordieu no programa “A voix nue”
O livro La Distiction – obra é que projetou o sociólogo para dianteira da cena, tanto na área intelectual, como para o público em geral – O autor já contava com um conjunto de textos sólidos e densos
Na época de A voix nue Bordieu preparava Las Regles de l’art- reflexão sobre as propriedades específicas dos campos intelectuais e artísticos
Para os historiadores 3 fatos devem ser lembrados:
1- A história continuava a ser a disciplina de maior apelo público
2- Os historiadores começava a se distanciar dos princípios de análise que haviam servido de base à dominação dos Annales, a saber: a preferência pelas fontes maciças, seu tratamento quantitativo e a constituição de séries
3- A história havia começado a investigar a si mesma
Entrevistas permitem situar um momento da relação de Bourdieu com a história e com os historiadores: ele vai criticá-los, de forma perpicaz, por universalizarem indevidamente suas categorias de análise e por se interrogarem insuficientemente sobre a construção social e história das divisões e das classificações, consideradas por eles, com frequência, como objetos naturais. Mas, ao mesmo tempo respeitava o trabalho de determinados historiadores
O tempo o leva a uma critica mais brutal contra a história e os historiadores
A história (pelo menos a francesa) é denunciada, em conjunto, por recusar a reflexibilidade crítica, por manifestar seu gosto pelas falsas oposições, sua atração pela má filosofia e sua ignorância dos clássicos das ciências sociais, além de preferir a futilidade de discussões epistemológicas à custa das