O serviço social e o popular
Ficha de Leitura sobre a obra O SERVIÇO SOCIAL E O POPULAR: resgate teórico-metodológico do projeto profissional de ruptura – Maria Ozanira da Silva e Silva (Coord.) Capítulo I e II
Em nossa história recente a presente a obra apresenta em um esforço de inúmeros profissionais assistentes sociais pesquisadores, situados em locais diversos do Brasil, o desafio de reunir escritos que expressem as mudanças do Serviço Social no Brasil, da tradição conservadora para o esforço de construção da ruptura com o uso de práticas dialéticas, a obra foi coordenada por Maria Ozanira da Universidade Federal do Maranhão e a dificuldade física (distancia) entre os profissionais também foi um desafio.
Situa-se na obra a contextualização do Serviço Social no processo histórico brasileiro e como ele torna-se participante da reprodução das classes sociais, permeada pelo relacionamento contraditório, servindo de ferramenta para a reprodução do capital, mantendo a separação entre a burguesia e o proletariado. Esta participação do Serviço Social deve-se a institucionalização, “que vincula-se ao modelo corporativista do Estado e de um politica econômica favorecedora da industrialização” (pag. 24). Amplia-se a parcela empobrecida da população, “o Serviço Social passa a integrar mecanismos de execução das políticas sociais do Estado e dos setores empresariais, enquanto forma de enfrentamento da questão social emergente no contexto do desenvolvimento urbano-industrial” (pag. 24). A profissão se consolida respondendo aos interesses da burguesia, com a crise do capital deixada pelo governo de Juscelino Kubistchek, passa a ser emergencial final da década de 50, início de 60, conforme orientação da ONU e divulga o projeto de Desenvolvimento de Comunidade (DC) – ainda de visão acritica e classista, sustentando o ideal de sociedade harmônica e