O sentido Ontológico do trabalho
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O SENTIDO ONTOLÓGICO DO TRABALHO Os homens transformam a natureza e se transformam na mesma medida. Isto porque os homens podem refletir acerca da sua forma de agir e porque se comunicam e sistematizam as suas experiências sociais na forma de cultura, o que os diferencia, obviamente, dos animais. Desta forma os homens fazem a “história humana”, isto é, transformam a realidade natural e social, conforme a época e o lugar. Esta transformação tem sempre como ponto de partida a herança material e cultural das gerações anteriores, de maneira a incorporar (e/ou reformular), a recusar ou a criar novas práticas e conceitos à medida em que avança o processo histórico. O domínio da fala e a sua materialização por meio da linguagem (escrita, pictórica, cênica etc.), ao permitir ao homem representar a realidade, o permite também registrar as suas diversas formas de experiência vivida. O registro transforma-se em herança das experiências de criação material e cultural, isto é, transforma-se em cultura, o que possibilita ao homem avaliar as experiências vividas no passado em face do seu presente, bem como projetar novas formas materiais e culturais superiores àquelas que se encontram no seu presente. No centro da existência humana, que é sempre e objetivamente a materialização de experiências de criação material e cultural, o homem age sobre a natureza de forma a transformá-la, tendo em vista obter os bens materiais e culturais necessários à sua existência. Esta ação, que nos primórdios da humanidade assumiu formas como a domesticação de plantas e animais e a criação de cidades, e que atualmente assume formas como o domínio da tecnologia do silício (e a conseqüente revolução tecnológica representada pela informática) e as estações espaciais, representa a interação homem-natureza e a criação da paisagem humanizada. Representa, ainda, a otimização da ação humana em termos quantitativos e qualitativos sobre a natureza por meio de diversos equipamentos para o