Entendimentos a partir de ser e tempo de martin heidegger resumo dos parágrafos 9 à 13
§9 O TEMA DA ANALITICA DA PRESENÇA A explicação resultante da analítica da “pre-sença” (dasein) provém de sua estrutura existencial, ou seja, o ente que temos a tarefa de analisar somos nós mesmos. Heidegger não afirma plenamente que se possa falar de essência, mas traduzindo a sua proposta aos termos da ontologia tradicional diz o filosofo: “A “essência” deste ente esta em ter de ser”. Desse modo, Heidegger entende que o ser da pre-sença só pode ser compreendido a partir de sua “existência”. Para a ontologia tradicional a existência é considerada uma propriedade ôntica, submetida as determinações empíricas. Por outro lado, entendiam as categorias e a essência como elementos ontológicos que fundavam, por assim dizer, “a priori” toda e qualquer realidade ôntica. Heidegger discorda que a essência ou as categorias sejam fundamentos ontológicos, para ele deve-se perguntar pelo sentido do ser, pelas estruturas que possibilitam a compreensão desse ser. Essa compreensão se da no jogo do dasein com sua existência. As características extraídas desse ente não são propriedades ônticas como determinações categoriais ou conceituais, mas sim, a compreensão de seu próprio ser. Diferentemente, as características da pre-sença existem como possibilidades de ser, isto é, “toda modalidade de ser deste ente é primordialmente ser”. A pre-sença se deixa esclarecer pelo pronome pessoal, uma vez que se constitui pelo caráter de ser (meu). “De alguma maneira, sempre já se decidiu de que modo a pre-sença é sempre minha. O ente, em cujo ser, isto é, sendo, está em jogo o próprio ser, relaciona-se e comporta-se com o seu ser, como a sua possibilidade mais própria. A pre-sença é sempre sua possibilidade”, deste modo, a pre-sença é sempre sua possibilidade, (não como propriedade simplesmente dada, mas porque a pre-sença é possibilidade enquanto ser) ou seja, ela é uma possibilidade própria. Ela